domingo, 29 de março de 2009

Conversa de domingo...


Domingo geralmente é um dia apático para mim. Creio que por ser véspera da segunda-feira e coisa e tal... Ou é porque nossa alma se predispõe a sofrer por antecipação nessas vésperas, projetando as agruras da semana, o corre-corre e tal e coisa...

Como não saio quase nada, às vezes arrisco, no sábado, uma praia, um caranguejo... e vou de CocaCola mesmo, visto que nunca consegui assimilar e associar o sabor amargo da cerveja a algo prazeroso ou ingerível (neologismo?)...

Então, no domingo prefiro a calma e a curtição dos netinhos, meu verdadeiro alento. No domingo, também me valho de pessoas amigas como Socorro, Tereza Duarte, Edilma, Iza, (dentre outras), para trocar idéias etc. e tal...e a conversa gira, bate, volta e acaba por esbarrar na “incomunicabilidade” das pessoas hodiernas, ensimesmadas e ausentes... Da indiferença de alguns em relação ao que se passa bem ali do seu lado. De como as amizades hoje são banalizadas por umas tantas pessoas... enfim, assuntos que acabam por se fazer presentes no cotidiano, tanto nos nossos “quinhões”, quanto na virtualidade dos blogs e MSNs da vida.

Mas a conversa segue. O Domingo é propício.

Ora, Zé do Vale encerrou seu papo até segunda feira, pois sua conversa é de sábado. José Nilton Mariano, provocando argumentações e debate, nos remete à reflexão... José Flavio se espanta com os tempos atuais. Dihelson publica as fotos da garota Blog do Crato. Pachelly aplaude a arte das fotos nos bastidores... A matemática do Dr. Valdetário nos dá um branco nos miolos e um nó no juízo... E o pior de tudo: Socorro Moreira, está caladinha e isto eu já conheço e sei de cor o que significa... Coisas de sábado ou de domingo?

O domingo também pode nos conduzir à fuga do desatino, ao esvaziamento proposital de nossas dores para uma contrapartida de novas perspectivas. Podemos pensar em quem amamos. Podemos imaginar que lhes conhecemos as verdadeiras cores, mas também que há pessoas que se revelam possuidoras de cores que provocam o afastamento, a desilusão, o completo desencanto. Sendo eu uma pessoa que, no mais íntimo do meu ser, gosta de acreditar que o amor existe, há dias em que este “roubo” de encanto estanca no domingo ...

E nesta conversa de dominical, às vezes, me vem uma sensação de vida vivida em vão, a perseguir objetivos que deixaram de fazer sentido e no que neles fiz por acreditar durante tantos anos. Nos demais dias, os castelos de areia se desfazem, as bolas de sabão rebentam antes de chegarem ao céu... Mas isto a gente apaga no domingo. A realidade é muito mais pungente. A vida também.

No domingo sinto mais saudade de tudo o que gosto. O Crato mergulha em mim. Eu mergulho no Crato. Com gosto de buriti...

Mas, o tempo corre. Chega a hora! Pasárgada seria meu outro lar emprestado, em Sobral?.

Mais uma semana se vai. Também se vai mais um domingo. Não, nossos Blogs ainda não estão insípidos nem insossos. Tem gente nova entrando no contexto, e muita gente que não deixa a peteca cair. Os autores estão lá destilando pensamentos. Provendo de novidades as páginas que se alongam até o infinito... Não nos percamos nesse caminho. Não percamos o encanto. Não desviemos nossa nau mesmo se “these days, the stars seem out of reach.”

Porque hoje é domingo!


Por Claude Bloc

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