sábado, 30 de maio de 2009

Marés


Todos estes são os meus dias
Dia da serra, dia dos mares
Hoje me banho nas águas
Dos mares que me embalaram
Desde os meus primeiros dias.
Mares revoltos, mares rebeldes
Mas hoje em calmaria
Mares de longe, mares abertos
Que me trazem a revelia
Teu nome em meus segredos.

A maré me enche e vaza
Até onde a vista alcança
E fica na praia o sonho
Em meu nome, em teu nome
Por dias e dias afora.
Teu nome sempre está lá
Gravado na mesma rocha
E as ondas vêm e insistem
Em trazer o sonho pra mim
Na premência dos meus dias.


Claude

2 comentários:

Jaques A Teixeira disse...

Gostei do novo layout.Très jolie

Sobre as marcas impressas nas rochas;as minhas sumiram em meio as britas .Aquelas impressas com, tanto carinho, nas árvores para que fosse vista pela a amada ao passar, um lenhador ciumento a abateu a duros golpes de machado.Restando apenas as impressas na alma:abrigadas e incólumes para sempre...

Amitiés

JAT

Claude Bloc disse...

JAT

As marcas são indeléveis... Assim como os passos e a saudade.
A árvore abatida foi guardada no relicário mais delicado das lembranças. Num lugar intocável, onde os sentimentos são preservados e mantidos... Sentimentos não são reféns do tempo quando belos e verdadeiros...
Assim é a vida. Fazemos renascer o fluxo, a seiva, as marés contidas nas palavras reinscrevendo na alma as coisas queridas do nosso tempo.

Abraço,

Claude