terça-feira, 14 de abril de 2009

Teu vôo


Teu vôo é incansável
Tua plumagem raspa meus sonhos
Num alento abrasado

Estás no pólen
Que se esparge das flores,
No delírio e na essência
Que a noite gorjeia.

Ainda ouço
O tom da voz da madrugada
Nas vestes dos sonhos
Que não tive
Ou que deixei fugir por covardia.

Quero redimir-me
Deitar-me à sombra de teu verso
À luz da tua prosa...
Em qualquer tempo.

Claude